Educação de António
Oliveira Salazar
Vida Politica de
Antonio Oliveira Salazar
Desde cedo António de Oliveira Salazar se envolveu em política.
Em 1921, António de Oliveira Salazar é eleito deputado, cargo que ocuparia
apenas durante 1 dia porque, segundo ele próprio viria depois a justificar,
advogava uma renovação de objectivos e de processos de governação que aquela
assembleia não viabilizaria.
Voltaria ao activo político em 1926, depois da revolução ocorrida em Maio
desse mesmo ano, quando aceitou ser Ministro das Finanças, cargo que ocupou
durante apenas 13 dias.
Seria só em 1928 que a carreira política de António de Oliveira Salazar
viria a solidificar.
Nesse ano voltou a aceitar a pasta das Finanças depois de ter garantido
junto dos militares que o seu ministério seria o único a poder autorizar
despesas.
Desde essa altura, António de Oliveira Salazar nunca mais abandonaria o
poder.
Em poucos anos António de Oliveira Salazar conseguiu chegar ao cargo de
Presidente do Conselho, posição que manteve até ao dia da sua morte, quase 40
anos depois, em 1968.
Durante cerca de 4 décadas Salazar criou e instituiu em Portugal o Estado Novo,
um processo de governação autoritário e ditatorial que se estendeu a todos os
sectores da vida do país e dos portugueses.
Com o Estado Novo
chegaram a censura, a Legião Portuguesa, a polícia política (primeiro
chamada PVDE, e mais tarde PIDE), a Mocidade Portuguesa e
uma forte máquina de propaganda, que era essencialmente a repressão a fim de
manter o regime a todo o custo.
Numa época em que os regimes ditatoriais de carácter fascista alastravam
pela Europa (Mussolini em Itália, Hitler na Alemanha e Franco em Espanha)
Salazar soube dar ao seu Estado Novo
características muito próprias, capazes de o distinguir dos seus pares com
quem, aliás, sempre manteve uma relação próxima e ao mesmo tempo distante.
Fruto desta diplomacia, Salazar conseguiria mesmo evitar que Portugal se
envolvesse na II Guerra Mundial e fazer um jogo duplo no qual envolveu os
alemães e os ingleses, ora piscando o olho a um lado ora a outro.
Com uma governação austera, salpicada aqui e ali por traços de grandeza
imperialista (a Exposição do Mundo Português em 1940 é um dos melhores exemplos
dessa tendência), Salazar manteve as contas do país equilibradas, mas sempre à
custa da pobreza de um povo que morria de fome e que, com o rebentar da guerra
nas várias colónias africanas, passaria também a morrer às mãos dos
guerrilheiros.
As pequenas escaramuças do início da década de 60 no norte de Angola
depressa escalaram para cenários de guerra aberta na grande maioria das
colónias africanas.
Acrescia o facto da mudança que se verificou no panorama internacional, com
a ONU a exigir a Portugal o início do processo de descolonização.
Salazar via-se, cada vez mais, sozinho, mas não desistiu de manter o
império ultramarino pela força das armas, ainda que o esforço resultasse num
crescente mau estar interno em vários sectores, nomeadamente entre os
militares.
O seu afastamento do poder aconteceu apenas devido a doença. Em 1968
António de Oliveira Salazar é vítima de um Acidente Vascular Cerebral, a famosa
queda da cadeira, que o deixa física e mentalmente diminuído.
Por essa altura é substituído na presidência do Concelho por Marcelo Caetano
mas Salazar continua convencido que é ele quem governa até ao dia da sua morte,
em dia 27 de Julho de 1970.