Fernando
Pessoa foi um poeta filósofo e escritor português. Publicou 4 obras em vida, e três dessas obras
estão na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu algumas das suas obras da língua
inglesa para a portuguesa e, da portuguesa para a inglesa.
Enquanto
poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterónimos como Ricardo Reis, Álvaro
de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos
estudos sobre a sua vida e obra.
Nasceu
em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e faleceu 30 de Novembro de 1935 ainda em
Lisboa. Viajam no navio Funchal até à Madeira e depois no paquete Inglês
Hawarden Castle até ao Cabo da Boa Esperança. Em 1899 ingressa no Liceu de
Durban, onde permanecerá durante três anos. No ano de 1901, é aprovado com
distinção no primeiro exame Cape School High Examination e escreve os
primeiros poemas em inglês. Em 1901 parte com a família para Portugal, de
férias.
Regressa
definitivamente à capital portuguesa, sozinho, em 1905. em 1906, matricula-se
no Curso Superior de Letras (atual Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa), no qual abandonou antes de completar o primeiro ano. Interessa-se pela
obra de Cesário Verde e pelos sermões do Padre António Vieira.
Pessoa
estreou se como crítico literário, provocando polémicas junto à
intelectualidade portuguesa. Em 1913 escreveu "O Marinheiro". Em
1914, devido à sua capacidade de "outrar se", criou mais heterónimos
(Alberto Caeiro (criado em 1914 e "morto" em 1915), Álvaro
de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, etc.), assinando as suas obras de
acordo com a personalidade de cada heterónimo.
Em
1918, Pessoa publicou poemas em inglês, resenhados com destaque no
"Times". Em 1921 fundou a editora Olisipo, onde publicou poemas em
inglês.
Em
1927 passou a colaborar com a Revista "Presença". Em 1934 publicou
"Mensagem".
Em
29 de Novembro de 1935, foi internado com o diagnóstico de cólica hepática. A
sua última frase, escrita em inglês, dizia: "I know not what tomorrow will
bring".
"Se depois de eu morrer, quiserem
escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha
nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são
meus."
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro; Poemas Inconjuntos;
escrito entre 1913-15; publicado em Atena nº 5 de Fevereiro de 1925.